A Comunidade Intermunicipal do Cávado participou no dia 20 de junho, no workshop “Enhancing rural mobility through local action“, promovido pelo Pacto Rural da Comissão Europeia, que se centrou no papel que as entidades locais podem desempenhar na melhoria das opções de mobilidade nos seus territórios e na contribuição para um desenvolvimento socioeconómico justo da região.
Recordamos que a CIM Cávado, por via da METREX – Rede de Regiões e Áreas Metropolitanas Europeias, é um dos 30 representantes do Grupo de Coordenação do Pacto Rural da Comissão Europeia que pretende ser uma visão a longo prazo para as zonas rurais da União Europeia e que almeja mobilizar as autoridades públicas e as partes interessadas para responderem às necessidades e às aspirações dos residentes das zonas rurais.
Neste evento, Rafael Amorim, Primeiro Secretário Executivo da CIM Cávado teve a oportunidade de referir que com a entrada em vigor do Contrato de Concessão do Serviço Público de Transporte de Passageiros no Cávado, em 01.01.2023, a mobilidade das populações do Cávado e o recurso aos transportes públicos conheceu um aumento significativo.
De acordo com os parâmetros definidos neste contrato, existe um nível mínimo de serviço que deve ser cumprido em todo o território com pelo menos duas circulações diárias da sede do município para locais com 40 ou mais habitantes. Este nível mínimo é cumprido em quase todo o território, embora existam zonas com interrupções durante as férias escolares, estando a ser estudados outros projetos de mobilidade flexível.
Foi ainda referido que, pela experiência da CIM Cávado, a manutenção de uma rede regular forte e abrangente é a melhor solução a médio e longo prazo para a mobilidade de passageiros, pois assim, serão criadas as condições na Sub-região para que as populações recorram aos transportes públicos e, dessa forma, possam fixar-se em territórios rurais.
Por fim Rafael Amorim, referiu que esta solução é particularmente importante para acolher o fluxo migratório que a nossa Sub-região tem sentido, “as populações emigrantes procuram alojamento em áreas de menor densidade, muitas vezes rurais, onde o custo da habitação é mais acessível, pelo que temos de garantir que estes novos residentes possam deslocar-se para/de os seus locais de trabalho e que as suas crianças tenham acesso aos estabelecimentos de ensino. Só assim conseguimos uma integração plena destas comunidades no nosso território”, referiu na parte final da sua intervenção.
Braga, 21 de junho 2024